Em Cidadã, Claudia Rankine investiga as relações raciais nos Estados Unidos de agora. Sua lírica americana, publicada originalmente em 2014, reflete sobre a dificuldade de existir em constante contraste com o fundo demasiadamente branco da supremacia racial. Gradações variadas de violência contra pessoas negras são exploradas; não sem, entretanto, indagar sobre a própria imaginação branca que as produz. Poesia, ensaio e arte visual são habilmente costurados por Rankine em seu livro mais premiado. "Você lida com coisas que não quer o tempo todo. No instante em que você ouve ou vê algum momento corriqueiro, todos os alvos na mira, todos os significados por trás dos instantes batendo em retirada, a se perderem de vista, tudo entra em foco. Espera aí, você ouviu, você disse, você viu, você fez isso? Então as vozes na sua cabeça dizem silenciosamente para você parar de se torturar porque não deveria ser uma ambição apenas conviver."
SOBRE A AUTORA
Claudia Rankine nasceu em Kingston, Jamaica. É poeta, ensaista e dramaturga, além de ser professora de literatura na Universidade de Yale e chanceler da Academy of American Poets. Após seu lançamento nos Estados Unidos, Cidadã levou mais de 10 prêmios de crítica e foi eleito o melhor livro do ano por uma série de periódicos. Rankine ganhou o Jackson Poetry Prize em 2014 e recebeu, em 2016, um MacArthur Fellowship.
SOBRE A TRADUTORA
Stephanie Borges é jornalista, tradutora e poeta. Seu livro de estreia Talvez precisemos de um nome para isso (2019) venceu o IV Prêmio Cepe Nacional de Literatura. Traduziu prosa e poesia de autoras como Audre Lorde, bell hooks, Claudia Rankine, Jacqueline Woodson e Margaret Atwood.