Rene Silva, ativismo digital e ação comunitária

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Cabeças da Periferia revela, através de entrevistas, o universo e as ideias de artistas-ativistas, e como seus projetos e ações reinventam os territórios. Em Rene Silva, ativismo digital e ação comunitária, somos apresentados a este jovem comunicador, a mente perspicaz por trás do Voz das Comunidades, um veículo de comunicação horizontal comunitária que hoje atua em várias comunidades cariocas e informa sobre o cotidiano e as questões pertinentes às favelas, articulando pontes entre os moradores, o poder público, a iniciativa privada e a grande mídia, promovendo uma série de ações humanitárias e culturais. Em novembro de 2010, enquanto o Brasil acompanhava pela TV a ocupação do Complexo do Alemão pelas Forças Armadas e pela Polícia Militar, através da UPP, um jovem morador, aos 16 anos, tuitava em tempo real – e em primeira mão – o passo a passo da operação policial. Essa iniciativa, aparentemente trivial, revolucionou a forma de se fazer jornalismo a respeito do que se passa nas favelas cariocas e deu voz e protagonismo aos moradores da comunidade. Nesta entrevista, Rene Silva trata dos mais diversos temas como inclusão e ativismo digital, desigualdade social, a importância de agir com e para a comunidade, a multiplicação de seu projeto pioneiro, o poder da tecnologia e a profusão de talentos que existem nas favelas a despeito das condições adversas. Nesta conversa com Rene Silva, participaram os comentadores convidados Paulo Sampaio, jornalista, Fred Coelho, historiador e pesquisador e a editora Isabel Diegues.

“A gente coloca o morador como protagonista. Muito diferente do que a grande mídia sempre faz, de narrar, de contar história. A narrativa da grande mídia é a partir da assessoria de imprensa da Polícia Militar, do governo, da Secretaria de Educação, da secretaria disso... E a gente não. A gente constrói uma narrativa a partir da fala do morador, a partir da participação daquela pessoa da comunidade. Então a pessoa se sente protagonista daquele projeto, sente que faz parte daquilo.” - Rene Silva

Sobre Rene Silva: Rene Silva nasceu no Morro do Adeus, no Complexo do Alemão, em 1994. Em 2005, aos 11 anos de idade, criou o jornal Voz das Comunidades, no qual faz pequenas reportagens sobre a favela. Desde então, o projeto cresceu e hoje atua em diversas comunidades cariocas comunicando o dia a dia e as necessidades das favelas, além de desenvolver diferentes ações culturais. Em 2010, Rene Silva cobriu a ocupação do Complexo do Alemão pela UPP, através do Twitter, mudando completamente o modo de a imprensa ver e narrar os episódios que ocorrem nas favelas. Apresentando as notícias do ponto de vista do morador da comunidade, indo além dos clichês de violência propagados diariamente pela mídia hegemônica, Rene Silva e o Voz das Comunidades apresentam a favela como potência e espaço de mudança social e não como celeiro de problemas, inspirando iniciativas Brasil afora. Graças a seu pioneirismo, foi considerado um dos negros mais influentes do mundo pela organização Mipad (Most Influential People of African Descent), de Nova York.

Sobre Marcus Faustini: Marcus Faustini é carioca, cria do Cesarão, em Santa Cruz, Rio de Janeiro. Sua sede por cultura motivou, desde cedo, seus constantes trânsitos e deslocamentos pela cidade do Rio de Janeiro, que resultaram no livro Guia afetivo da periferia (Aeroplano, 2009), em que narra suas memórias de juventude na periferia carioca. Bacharel em Teatro pela CAL, Faustini é também cineasta e criador da Agência de Redes para a Juventude, uma metodologia que desenvolve lideranças jovens de periferias do Rio e da Inglaterra com o objetivo de criarem projetos que impactem seus territórios. Com a coleção Cabeças da Periferia, Faustini se debruça sobre a produção de artistas-ativistas vindos de periferia e favela, e busca debater com eles suas criações, seu universo e seus territórios de atuação.
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