A Onipotência Do Nada - de Cristina Fürst

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Cristina Fürst escreve desde que se entende por gente. Ela é, antes de tudo, uma leitora exigente. Seu fascínio pelos livros vem da tenra infância. Um exemplo está no fato de, aos três anos, pedir aos pais para ser matriculada na escola. Ela queria, com isso, ser alfabetizada e, assim, decodificar o conteúdo fascinante dos livros.
Da leitura à escrita, o caminho foi orgânico, para usar um termo bem em voga. O barato de escrever levou-a a oficinas literárias com os mais diversos professores. Veio, aliás, de uma delas – a escritora e filósofa Márcia Tiburi – o pontapé para Cristina criar seu blog. E assim, em 2017, entrou no ar “Cristina Fürst – Para minha essência não abandonar o meu ser”.
No blog, o público conheceu uma autora que se aventura pelos mais diferentes estilos de escrita. Ela vai da prosa à poesia, permitindo-se experiências nas muitas ramificações desses dois gêneros. No caso da primeira, pode tanto expor a verve de cronista quanto a de ficcionista. Na seara poética, vai dos versos livres às aldravias (poemas cujas estrofes têm seis versos de uma palavra), revelando-se uma poeta precisa e, o melhor, rigorosa. E tal precisão dá o tom em outro campo, o dos aforismos, com os quais segue as picadas abertas por nomes como Carlos Drummond de Andrade, Antonio Carlos Secchin e Gilson Maurity.
E, agora, Cristina Fürst tem seus textos reunidos num livro. Trata-se de uma seleta de escritos que foram experimentados no seu blog. A autora é, em se tratando do livro, uma estreante, mas, ao contrário do que essa palavra pode levar a crer, não há aqui uma escritora insípida ou crua – pelo contrário. Seja na prosa ou na poesia, na crônica ou no aforismo, esses estilos revelam, em comum, uma escritora autêntica, de dicção firme, mesmo quando explicita influências.
O leitor do livro terá agora a oportunidade de conhecer aquela a quem o outro leitor, o do blog, já fora apresentado: uma autora que não se faz de rogada e que, por isso, escancara e lambe as feridas – sejam elas pessoais ou sociais. E que traz à baila conceitos que precisam estar arraigados na ordem do(s) nossos(s) dia(s), além de jogar luz sobre o que precisamos (re)pensar, como, por exemplo, nossa relação com um certo aplicativo de troca de mensagens.
O leitor tem nas mãos (e diante dos olhos) uma autora corajosa. E também despudorada, do tipo, que, ao tamborilar os dedos no teclado, entrega-se ao seu ofício por inteiro. Ela sabe que, de agora em diante, não há mais volta. E que, por isso, não estará a salvo (se é que esteve algum dia).
Cristina Fürst escreve, porque sabe ser esta a sua vocação. E há de enfrentar os riscos impostos pela escrita – sejam eles quais forem.

Do Prefácio de Christovam de Chevalier

Cada frase de Cristina Fürst é a expressão da sensibilidade criativa e da observação do cotidiano, que, unidas, conferem à autora o poder de nos conduzir por nossas próprias histórias e, principalmente, de recriá-las.
A leitura dos seus poemas, crônicas, contos e aforismos nos abre um generoso espaço para a possível metamorfose do dia a dia, tornando o experimento algo passível de reorganização e criação.
Ler Cristina é pensar a vida sem pensar, reconhecer a si sem se repetir, desconstruir a realidade, sem se esquivar dela. Ela se comunica diretamente com o mundo atual, sem nos poupar das mazelas da vida, mas revelando uma sabedoria que somente a alma é capaz de produzir.

Da Apresentação de Claudia Lisboa

SOBRE A AUTORA:

Cristina Fürst é escritora, advogada e servidora pública. Nasceu em Niterói e, desde 2017, publica seus textos no blog "Para minha essência não abandonar o meu ser". "A onipotência festiva do nada" é seu livro de estreia.
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