Taísa Machado, o Afrofunk e a Ciência do Rebolado

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Cabeças da Periferia revela, através de entrevistas, o universo e as ideias de artistas-ativistas, e como seus projetos e ações reinventam os territórios. Em Taísa Machado, o Afrofunk e a Ciência do Rebolado, somos apresentados a essa dançarina, professora e escritora, a Chefona Mermo. Esta é a mente sagaz por trás do Afrofunk, uma oficina de dança concebida para descolonizar o corpo feminino. Chefona expõe, ao longo dessas páginas, os princípios de sua Ciência do Rebolado, método desenvolvido a partir de técnicas para soltar os quadris, sobretudo graças a danças da diáspora negra, como funk, twerk e dancehall, entrelaçadas com danças tradicionais africanas e asiáticas, que exploram os movimentos da pelve. Dona de um humor afiado e de um escracho contagiante, poço sem fundo de histórias, ela fala sobre suas investigações acerca do corpo feminino e da dança, do território, do universo dos bailes funk, dos trânsitos pela cidade, do teatro de rua e de sua descoberta do prazer com a escrita. Através da dança, Taísa provoca a consciência corporal, despertando corpos para que atinjam toda sua potência revolucionária. Nesta conversa com Taísa Machado, participaram os comentadores convidados Emílio Domingos, cineasta e pesquisador das periferias cariocas e seus personagens, e Sinara Rúbia, escritora e educadora, e a editora Isabel Diegues.

“O meu trabalho, pra quem não sabe, fala que esses são saberes legítimos de mulheres pretas. E que eles podem estar em muitos lugares, no baile funk, no ritual, no twerk da Beyoncé, mas são saberes. E eles têm amplitude: batem na saúde, na espiritualidade, em como você é na sociedade, na cidadania, na coisa social, no ecossistema social.” - Taisa Machado

Sobre Taísa Machado: Taísa Machado, a Chefona Mermo, é atriz, pesquisadora de dança e sexualidade e escritora. Carioca, nasceu no Rio de Janeiro em 1989 e cresceu entre a Pavuna e São João de Meriti. Iniciou sua trajetória artística no coletivo teatral Tá na Rua, de Amir Haddad. Ainda na adolescência, passou a frequentar os bailes funk do Morro da Providência, mas foi na Lapa, anos depois, que criou o projeto Afrofunk, um mergulho no universo das danças contemporâneas produzidas nas periferias mundo afora e suas ligações com danças ancestrais e a diáspora africana. Suas oficinas debatem o lugar da mulher na sociedade, suas relações com o corpo, a sensualidade e a cultura que nasce na periferia carioca. Suas aulas atraem mulheres de todo o Brasil, tornando-se verdadeiros happenings mixando teoria e prática e disseminando a Ciência do Rebolado.

Sobre Marcus Faustini: Marcus Faustini é carioca, cria do Cesarão, em Santa Cruz, Rio de Janeiro. Sua sede por cultura motivou, desde cedo, seus constantes trânsitos e deslocamentos pela cidade do Rio de Janeiro, que resultaram no livro Guia afetivo da periferia (Aeroplano, 2009), em que narra suas memórias de juventude na periferia carioca. Bacharel em Teatro pela CAL, Faustini é também cineasta e criador da Agência de Redes para a Juventude, uma metodologia que desenvolve lideranças jovens de periferias do Rio e da Inglaterra com o objetivo de criarem projetos que impactem seus territórios. Com a coleção Cabeças da Periferia, Faustini se debruça sobre a produção de artistas-ativistas vindos de periferia e favela, e busca debater com eles suas criações, seu universo e seus territórios de atuação.
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